Os nossos pecados carregam em si efeitos colaterais, um pecador perdoado não significa um pecador livre dos efeitos de seus pecados. Quando pecamos e nos arrependemos somos perdoados, mas os efeitos do pecado ou suas conseqüências não podem ser evitados.
Dessa forma não é sábio encarar todos os acontecimentos fortuitos, tragédias ou problemas pessoais como resultados de uma punição divina, um castigo pelos nossos pecados. Deus não tem nada haver com isso. Na verdade estamos provando do nosso próprio veneno, colhendo o que plantamos. O salmista diz que se Deus fosse nos julgar segundo os nossos pecados não restaria ninguém para contar a história. A mão de Deus não está por detrás da cirrose, da dor de cabeça, do acidente de moto, da AIDS, do filho indesejado, tudo que nos acontece de ruim é mais resultado das nossas ações e das contingências da vida que da ação de Deus. É lógico que Deus pode provocar esses males como instrumentos pedagógicos, mas ele não precisa fazer isso, nós mesmos nos encarregamos dessa função. A rua esburacada, o alto índice de desemprego, a violência nas ruas, a fome que grassa, os hospitais sem estruturas dignas de tratamento e todas as mazelas pessoais e sociais são efeitos do nosso afastamento de Deus, são resultados de uma geração que organiza a vida desconsiderando a vontade de Deus revelada plenamente na pessoa de Jesus.
Os males que sofremos nos acometem porque queremos viver a vida do nosso jeito, porque vivemos como se Deus não existisse, mas a partir do momento em que a humanidade passar a moldar a vida segundo a vontade de Deus esses “males” se existirem não serão problemas, mas providencias de Deus para moldar o nosso caráter.
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